
(Mais) um contributo do betão para a redução da emissão de GEE
Engenharia
(Mais) um contributo do betão para a redução da emissão de GEE
A energia solar é uma das energias limpas de maior utilização e um dos caminhos mais (re)conhecidos para a redução da emissão de gases com efeito de estufa (GEE). Embora tradicionalmente sempre tenha estado associada a utilizações residenciais disponibilizando potências de certo modo reduzidas, o desenvolvimento da tecnologia tem permitido a entrada no segmento industrial com bastante sucesso.
Os painéis são os elementos mais determinantes para o sucesso de uma instalação, mas uma localização pouco criteriosa e uma deficiente orientação podem prejudicar de modo muito sensível o rendimento obtido.
Simultaneamente pretende-se que a manutenção da instalação seja muito diminuta para que o benefício ambiental da energia limpa não venha a ser posto em causa pelos impactos associados a essas tarefas.
A experiência da PRESDOURO Home | Presdouro na pré-fabricação em betão alicerçou-se ao longo de várias décadas em produtos tradicionais, mas a capacidade de inovação das suas equipas continua a surpreender como aconteceu com as bases para painéis solares recentemente concebidas e que já foram utilizadas em vários projetos.
O aspeto da solução
Esta bases representam uma solução diferente da tradicional – painéis apoiados numa estrutura metálica – baseada em dois dos mais reconhecidos atributos fundamentais do betão – estabilidade e ausência de manutenção.
Uma das questões que se pode levantar quando a instalação é feita sobre terreno natural é a de que é necessário ter possibilidade de regular a inclinação dos painéis para se maximizar a exposição solar.
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Esquema técnico simplificado
A PRESDOURO ultrapassou essa questão com uma conceção engenhosa constituída por um conjunto em forma de meia-lua formado por duas peças superiores que assenta numa peça inferior por intermédio de um sistema de encaixes denteados. Usando os dentes desse sistema pode-se regular a inclinação dos painéis entre 5 e 30º.
O conjunto superior tem de ser formado por duas peças para que as dimensões sejam compatíveis com os equipamentos de moldagem e compactação do betão. Essas duas peças interligam-se com um sistema macho-fêmea.
A produção destas peças é naturalmente mais exigente já que o simples facto de ter de haver um acoplamento das duas superiores entre si para depois serem encaixadas numa terceira obriga a trabalhar com tolerâncias dimensionais muito apertadas. Não é todos os dias que a pré-fabricação em betão responde a desafios desta natureza.
A colocação dos apoios
Esta solução em betão é o complemento de excelência para painéis solares já que recorre a matérias-primas abundantes de produção nacional e disponíveis num raio de poucos quilómetros, não necessita de manutenção tal como pintura ou outro tipo de proteção anticorrosiva e apresenta uma total aptidão para a reciclagem ou valorização material.
A instalação dos painéis
Acrescenta-se a este aspeto o de se dispensar a execução de fundações ou quaisquer trabalhos preparatórios para fixação das estruturas de apoio dos painéis. Embora marginais, são impactos ambientais que se evitam.
Quando o próprio produtor das bases as utiliza na montagem do seu próprio parque solar então o benefício ambiental é duplicado. É o caso da VILAJE (empresa que integra o grupo empresarial da PRESDOURO) que montou um parque com 68,4 kW de potência que supre 30% do seu consumo elétrico e ajuda decisivamente no seu percurso de contribuição para a descarbonização da indústria.
Um projeto concluído
Um projeto concluído
Produtos Usados
CEM II/A-L 42,5 RLocalização
PRESDOURO - São João de Ver

Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida
Engenharia
Os benefícios ambientais, económicos e sociais das barragens são do conhecimento geral e reconhecidos principalmente pelas populações que tiram partido destas infraestruturas. No entanto a forma como as barragens hidroelétricas permitem reservar e transformar a energia, bem como as suas funções acessórias, merece uma abordagem um pouco mais profunda mas ainda assim objetiva e acessível a todos, mesmo àqueles que não façam parte da comunidade técnica.
Uma vez que a CIMPOR está a fornecer o cimento para o Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida é oportuno dar a conhecer um pouco sobre barragens hidroelétricas.
Escalão de Montante – Vista Aérea de Montante
Produção de energia ou a Lei de Lavoisier?
É comum ouvir-se dizer que as barragens produzem energia limpa que acabamos por consumir nas nossas casas, que transportamos nos nossos telemóveis, que já abastece os nossos automóveis, que aciona a nossa indústria, etc.
No entanto Antoine Lavoisier, o famoso químico francês, daria voltas no túmulo se pudesse ouvir os nossos vícios de linguagem, não lhe fosse atribuída a ele a célebre frase: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. De facto, quando se fala na produção de energia em barragens hidroelétricas está-se a referir um processo de transformação em que a energia potencial gravítica da água acumulada se transforma em energia cinética pelo seu escoamento para níveis inferiores e que, por sua vez, se transforma em energia elétrica pela ação da água sobre as pás de uma turbina ligada a um alternador/gerador.
Daqui se compreende a importância vital da energia potencial gravítica para este processo, pois sem ela não haveria energia cinética e consequentemente energia elétrica. A acumulação de água dos rios a montante do paredão da barragem faz aumentar a altura de água, sendo que quanto maior for esta altura, maior será a energia potencial gravítica. A altura de água a que se prevê explorar a barragem corresponde ao Nível Pleno de Armazenamento (NPA), podendo no entanto atingir a altura máxima a que corresponde o Nível de Máxima Cheia (NMC).
Esta acumulação de água é facilitada em zonas de orografia acidentada onde os vales pronunciados permitem que o paredão acumule água a montante, fazendo subir o seu nível. Assim se compreende a predominância de barragens hidroelétricas na zona norte do País onde o declive natural propicia a implantação de barragens com albufeiras de extensão moderada, minimizando o impacte ambiental.
1. Perfil Longitudinal de um Circuito Hidráulico
A água armazenada é conduzida pela Tomada de Água para a Túnel de Adução até se encontrar com a(s) turbina(s), onde a energia cinética será transformada no alternador/gerador em energia elétrica. Após esta transformação a água é devolvida ao seu curso natural através do Túnel de Restituição.
A possibilidade de “reservar energia” é mais uma das singularidades deste processo. A possibilidade de armazenar uma dada altura de água significa reservar energia potencial gravítica que poderá ser utilizada quando for mais conveniente. Esta particularidade representa uma vantagem relativamente a outras energias limpas como por exemplo a energia eólica cuja exploração tem de ser de oportunidade já que não há a possibilidade de armazenar o vento.
A exploração de barragens hidroelétricas tem outra particularidade, cada vez mais importante nos dias de hoje, que é o facto de se tratar de um processo que não liberta gases de efeito de estufa para a atmosfera contrariamente ao que acontece nas Centrais Termoelétricas com a utilização de combustíveis fósseis. Estima-se que a exploração do Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida evite a libertação de 70.000t de CO2 para a atmosfera por cada ano de atividade, auxiliando o cumprimento das limitações impostas pelo Protocolo de Quioto.
Acessoriamente, a implantação de barragens hidroelétricas em território nacional reduz a dependência energética de Portugal, aumentando a nossa autonomia energética com o correspondente benefício económico para o país. O contributo deste aproveitamento hidroelétrico permite a aproximação à meta dos 7000 MW de capacidade instalada, definida pelo estado português para o ano de 2020.
2. Funções acessórias
A função de uma barragem hidroelétrica não se esgota simplesmente no processo de transformação de energia. A albufeira proporcionada pela barragem representa um enorme potencial de exploração, sendo muitas vezes aproveitada para a captação de água para consumo humano, regadio, combate a incêndios e até mesmo para atividades de lazer como desportos náuticos, turismo rural, etc.
Outra função acessória é o controlo do caudal que a barragem permite, evitando a ocorrência de cheias e garantindo um caudal adequado durante os meses secos de estiagem. No caso do Aproveitamento Hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida, esta função é proporcionada pelo conjunto dos dois escalões que irão impedir a ocorrência de cheias a jusante.
Caso Prático: Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida
Escalão de Montante – Vista da Margem Esquerda
O Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida localiza-se no rio Vouga a cerca de 85km da sua nascente, estando implantado nos concelhos de Sever do Vouga e de Oliveira de Frades.
Apesar de já se prever o aproveitamento dos recursos proporcionados pelo rio Vouga há décadas, foi em 2007 que o Instituto da Água (INAG) pôs a concurso esta concessão que foi atribuída à GREENVOUGA (EDP 97,33%; MARTIFER RENEWABLES 2,67%).
Numa primeira fase previu-se a execução do paredão em Betão Compactado com Cilindro (BCC) sendo esta uma tecnologia usualmente utilizada na pavimentação rodoviária e na construção de barragens, como foi o caso da Barragem do Pedrógão. No entanto a alteração da localização inicial deste Aproveitamento Hidroelétrico para a atual, conduziu à opção pelo betão convencional, muito devido às características dos solos existentes no local de implantação da barragem.
A construção ficou a cargo do RIBEIRADIO-ERMIDA - ACE composto pela FCC (30%), RRC(25%) e OPWAY(45%), empresas de renome, não só a nível nacional como também a nível internacional.
Em Portugal, o grupo FCC/RRC foi responsável, entre outras obras, pela construção da Barragem de Óbidos, da Nova Ponte da Gala e ainda do Viaduto do Corgo, o segundo viaduto mais alto da Europa.
A estas obras podemos ainda associar outras de expressão internacional tais como o Estádio Allianz Arena em Munique, o Metropolitano de Riad, Canal do Panamá, Torres Porta Fira em Barcelona, entre outras, cuja execução só se encontra ao alcance de empresas de elevada capacidade técnica.
O mesmo se poderá dizer da OPWAY, responsável por várias obras emblemáticas como a construção do Cristo Rei, dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Variante Norte de Loulé e a Ampliação do Aeroporto do Funchal. O know-how adquirido na construção da Barragem do Carrapatelo no Douro, e do Monte Novo em Évora foi também fundamental para o sucesso desta empreitada.
O Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida viu ser lançada a primeira pedra no dia 27 de Novembro de 2009. A conclusão dos trabalhos encontra-se prevista para o início de 2015.
Escalão de Montante e Central – Vista Aérea de Jusante
Com a presença média de 300 trabalhadores diretos (cerca de 530 trabalhadores no pico da obra) é reconhecido o impacte social da empreitada na região, além do natural efeito positivo na economia local; arrendaram-se casas, esgotaram-se restaurantes, criaram-se empresas, tudo de forma a dar resposta às necessidades impostas por uma obra desta envergadura.
Dados técnicos
O Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida é constituído por duas barragens: A montante, em Ribeiradio, encontra-se o rosto deste Aproveitamento Hidroelétrico: Uma barragem de gravidade com diretriz circular de 270m de desenvolvimento e 76m de altura que dá lugar a uma albufeira com 135hm3 à cota do NPA.
A tomada de água é feita em torre com uma altura de 61m, ligada à correspondente Túnel de Adução com um comprimento de 205m, que comunica com uma central em poço equipada com um grupo turbina-alternador de 72MW que permite a bombagem de água para a albufeira de montante, proporcionando a reutilização da água (reversível).
Torre de Tomada de Água
O contra-embalse é feito pela barragem de Ermida, situada cerca de 4km a jusante, também ela uma barragem hidroelétrica de gravidade e, ao contrário do escalão de montante, sem capacidade de reversibilidade.
Escalão de Jusante – Vista Geral
Escalão de Jusante – Vista Geral
Com uma altura de 38m e cerca de 175m de desenvolvimento, esta estrutura tem capacidade para armazenar cerca de 3 hm3 à cota do NPA.
Ao contrário do que sucede no escalão de montante, na barragem de Ermida a central de produção de energia é anexa à barragem, no encontro da margem direita, contando com dois grupos geradores de 3,3 MW cada.
À semelhança do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo-Sabor, a escolha do cimento a utilizar recaiu sobre o CEM I 42,5 R fabricado no Centro de Produção de Souselas. O Aproveitamento Hidroelétrico Ribeiradio-Ermida constitui mais um reconhecimento da qualidade dos produtos, competência técnica e logística da CIMPOR.
Escalão de Jusante – Vista da Margem Direita
Características técnicas:
Geral | |
Investimento estimado | 213,3 M€ |
Emissões de CO2 evitadas/ano | 70.000 t |
Cimento CEM I 42,5 R | 75.000 t num período de 30 meses |
Ribeiradio | Ermida | |
Tipo | Barragem de gravidade | Barragem de gravidade |
Diretriz | Circular, de 262m de desenvolvimento | Reta, de 175m de desenvolvimento |
Volume de betão vibrado | 320.000 m3 | 90.000 m3 |
Altura máxima | 95 m | 38 m |
Largura do coroamento | 9 m | 4 m |
Largura na base fundação | 80 m | 26,65 m |
Capacidade da albufeira | 135 hm3 | 3 hm3 |
Potência | 72 MW | 2 x 3,3 MW |
Circuito Hidráulico (Ribeiradio) | |
Torre de Tomada de Água | 61 m |
Túnel de Adução | 205 m (dos quais 25 m são blindados) |
Galeria de Restituição | 30 m |
Central em poço | Ø 22,50 m e h = 26,90 m |
Produtos Usados
CEM I 42,5 RLocalização
Rio Vouga, a cerca de 85km da sua nascente
75.000
Toneladas de Cimento CEM I 42,5 R em 30 meses
213,3 M€
Investimento estimado
70.000
Toneladas de emissões de CO2 evitadas/ano

BPCA - Betão com Prévia Colocação de Agregados
Construção Nova
Betão com Prévia Colocação de Agregados
O betão consiste numa mistura criteriosa de cimento, água, agregados, podendo ainda contar com adjuvantes e adições de várias naturezas. Esta definição "clássica" não engloba, contudo, todas as variantes possíveis que podem resultar do processo de fabrico, do tamanho dos agregados, da massa volúmica, da consistência, e da forma de colocação.
No que diz respeito a este último aspeto, além de betão compactado com cilindro, pode-se referir o Betão com Pré-Colocação de Agregados (BPCA), em que a principal diferença para o betão tradicional reside no facto de a mistura final dos constituintes ocorrer nos moldes e não na amassadora. Na verdade, nesta técnica o agregado é disposto cuidadosamente no molde sendo posteriormente introduzida a argamassa de cimento que, graças à sua elevada fluidez, ocupa os espaços vazios entre os agregados, originando uma massa monolítica.
Na ótica de desenvolvimento de novas soluções construtivas sustentáveis, a CIMPOR aceitou o convite da EDP para participar num projeto de desenvolvimento desta técnica que contou também com a participação do LNEC.
Ensaio Laboratorial – Colocação da Argamassa
A primeira etapa deste projeto consistiu no estudo de composição das argamassas de cimento desenvolvido pelo Núcleo de Aglomerantes e Betões do Departamento de Materiais de Construção do LNEC.
O cimento eleito para este estudo foi o CEM II/B-L 32,5 N da CIMPOR fabricado no Centro de Produção de Souselas
Ensaio Laboratorial - Face do lado Sul com argamassa na parte inferior
Numa segunda fase, foi realizado um ensaio laboratorial que teve lugar nas instalações da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto sob a orientação da EDP e do LNEC, que consistiu na execução de um protótipo cúbico com 2 m de aresta que visava reproduzir uma betonagem de grande massa.
Os resultados auspiciosos destas primeiras etapas levaram os responsáveis pelo projeto a utilizar pela primeira vez esta solução construtiva em Portugal em outubro de 2010, na execução da ensecadeira de jusante do escalão de montante da empreitada de construção do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo-Sabor. Nesta fase, além da EDP e do LNEC já interveio uma terceira entidade, o Baixo Sabor ACE, a quem foi adjudicada a construção deste aproveitamento.
Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo-Sabor – Ensecadeira de jusante do escalão de montante
A confiança obtida foi tal que a passagem para a construção de uma parte de um bloco da barragem do escalão de jusante, com recurso a esta técnica em Julho de 2011, foi o corolário natural deste processo.
Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo-Sabor - Ensecadeira de jusante do escalão de montante
BPCA - o que é?
O acrónimo BPCA é utilizado para designar o Betão com Prévia Colocação de Agregados, uma variante do betão com agregados de dimensão máxima da ordem de 150 mm, tradicionalmente utilizado na construção de barragens na qual o agregado grosso é disposto previamente no espaço a betonar sendo em seguida deitada a argamassa.
Poderá pensar-se que ficarão espaços por preencher mas alguns cuidados preliminares permitem esquecer essa preocupação.
No que diz respeito ao agregado grosso há que proceder à sua lavagem para favorecer a aderência da argamassa e efetuar a mistura prévia das várias frações das britas de modo a evitar o aparecimento de espaços vazios, os quais seriam preenchidos apenas com argamassa, resultando na falta de homogeneidade do elemento betonado com as consequências daí decorrentes.
Ensaio de espalhamento
A argamassa deverá ter uma fluidez compatível com o preenchimento de todos os espaços, mas com a coesão adequada para evitar a segregação.
No que respeita à cofragem, esta tem de ser suficientemente estanque para conter a argamassa e minimizar as perdas de material por eventuais aberturas.
Procedendo deste modo, a porosidade de um BPCA é semelhante à de um betão convencional com prestações e desempenho semelhantes.
Uma das maiores vantagens do BPCA é permitir a colocação direta do agregado grosso na frente de obra, eliminando a necessidade de transportar as britas à central para serem misturadas com os restantes constituintes do betão. Desta particularidade específica do BPCA resulta um benefício suplementar na economia de espaço nas centrais de betão uma vez que o BPCA permite abdicar de todo o equipamento associado ao armazenamento, transporte e pesagem dos agregados. Estes benefícios refletem-se em vantagens ambientais e económicas importantes que abrem boas perspetivas ao BPCA como uma alternativa ao betão tradicional em obras que exijam betonagens de grandes volumes, como é o caso particular das barragens.
Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo-Sabor – Ensecadeira de jusante do escalão de montante
A CIMPOR, que desde a primeira hora acompanhou o processo e participou em todas as suas fases tanto com cedência de materiais como com as informações necessárias ao desenvolvimento técnico da solução, felicita a EDP e o LNEC como mentores deste projeto e congratula-se com os resultados obtidos que abrem novas perspetivas técnicas para a utilização do cimento no fabrico de betões e com o facto de o seu cimento CEM II/B-L 32,5 N ter sido utilizado neste projeto.
Produtos Usados
CEM II/B-L 32,5 NLocalização
Baixo-Sabor
Outubro de 2010
Solução construtiva usada pela primeira vez em Portugal
Mentores
EDP e LNEC

Solo-cimento no IC16
Reabilitação
A entrada em serviço da A16 a 30 de setembro de 2009, infraestrutura integrada na Concessão Rodoviária da Grande Lisboa, permitiu o descongestionamento do tráfego do IC19 e da A5 ao desenvolver uma nova circular exterior à área metropolitana de Lisboa, ligando a A9 – CREL à A5, favorecendo uma população estimada em 640 mil habitantes só nos concelhos de Sintra e Cascais.
A empreitada de construção foi adjudicada ao consórcio entre o Grupo MonteAdriano, Rosas Construtores, S.A. e a Empresa de Construções Amândio Carvalho, S.A., liderado pelo Grupo MonteAdriano.
O Grupo MonteAdriano nasce em janeiro de 2005 após a fusão da Monte & Monte com a empresa Sociedade de Empreitadas Adriano, tornando-se um dos grupos nacionais com maior expressão na indústria da construção civil em Portugal, tendo inclusivamente diversificado as suas áreas de negócios e internacionalizado a sua posição no mercado com a criação das sucursais da Roménia, Angola e Cabo Verde.
Na execução da empreitada de construção da A16, a Monte Adriano, no âmbito da atividade de I&D desenvolvida internamente pelo grupo, através da Montinovação, apresentou à Lusolisboa, Auto Estradas de Lisboa, S.A. uma solução variante para o pavimento rodoviário em questão que consistia na execução de solo cimento com 23cm de espessura seguida de uma camada de tout-venant com 12cm, em alternativa aos 40cm de tout-venant preconizados pelo projeto de execução, por ser uma solução construtiva mais rápida e menos dispendiosa, uma vez que permite a incorporação do solo natural do leito do pavimento como constituinte de uma camada estrutural. É ainda possível com este método diminuir o volume de escavação, limitar a utilização de solos de empréstimo de qualidade superior, consequente diminuição dos volumes transportados a vazadouro com os correspondentes benefícios ambientais e económicos que daí advêm.
O solo cimento é uma mistura homogénea de solo, cimento e água em quantidades estabelecidas. Nesta obra o processo iniciou-se com a escavação e britagem do solo em instalações próximas da frente de trabalho, seguida da sua deposição em camadas. Espalhou-se o cimento sobre a camada a tratar, tendo-se sucedido a fresagem que promoveu a mistura entre o solo e o cimento. Adicionou-se água por aspersão, na quantidade correspondente ao teor de humidade ótimo, permitindo a hidratação da mistura, que após compactação pesada, endurece e adquire a resistência que lhe permite ser utilizada como fundação de pavimentos rodoviários, com a durabilidade desejável para obras desta natureza.
O interesse da solução solo cimento na execução da A16 foi confirmado através da realização de um estudo laboratorial que também permitiu definir o teor de cimento adequado para fazer face às exigências estipuladas. Com base no estudo desenvolvido pela MonteAdriano, definiu-se um teor de cimento entre os 3,0% com solos calcários e os 3,5% com solos margosos, recorrendo ao cimento CEM II/A-L 42,5R da Cimpor.
Produtos Usados
CEM II/A-L 42,5 RLocalização
Grande Lisboa
4.900 t.
Consumo de Cimento CEM II/A-L 42,5R
157.000 m3
Volume de solos reaproveitados
345.000 t.
Diferença de volume de Tout-Venant utilizado

Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor
Engenharia
Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor
O Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor atualmente em construção no rio Sabor, afluente da margem direita do rio Douro, é um projeto fundamental para o controlo da bacia nacional do rio Douro, com particular importância estratégica na gestão da cascata hidroelétrica situada a jusante no rio Douro. A construção deste empreendimento da EDP foi adjudicada a 30 de junho de 2008 ao Agrupamento Complementar de Empresas(ACE) Baixo Sabor ACE, constituído pela Bento Pedroso Construções S.A. (subsidiária do grupo ODEBRECHT) e a Lena Engenharia e Construções.
Localização
O AHBS localiza-se na região de Trás-os-Montes, no troço inferior do rio Sabor, primeiro afluente da margem direita do rio Douro em território português. Em termos administrativos, a sua implantação faz-se no território do concelho de Torre de Moncorvo, freguesias de Larinho e de Torre de Moncorvo, estendendo-se as albufeiras pelos concelhos de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo.
O rio Sabor nasce na Serra de Parada, em Espanha, a cerca de 1600 metros de altitude, atravessa a fronteira na zona do Parque Natural de Montesinho e após um percurso de pouco mais de 120 Km sempre em vales bastante profundos, vai desaguar no rio Douro a jusante do Pocinho, à altitude de 97 metros. Aproximadamente 86% da bacia está situada em território português.
Bacia hidrográfica do rio Sabor
Escalão de montante
O escalão de montante constitui a parte mais significativa e também mais visível do AHBS. Situado a aproximadamente 13 Km da foz do Sabor, integra a barragem propriamente dita, a central e os correspondentes circuitos hidráulicos.
A barragem é uma estrutura em abóbada com uma altura máxima de 123 m acima da cota de fundação e o seu coroamento, à cota 236, apresenta um desenvolvimento de 505 m e uma espessura máxima de 39 m na base. Tem, como órgãos de segurança, um descarregador de cheias, uma descarga de fundo e um posto de observação e comando.
Esq. geral do escalão de montante
Escalão de montante em const. 03/12
Escalão de montante em const. 03/12
A central situa-se na margem direita, é em poço, e aloja dois grupos reversíveis de 70 MW cada um.
A adução é feita por dois circuitos hidráulicos independentes que atravessam o maciço rochoso da margem direita.
O coroamento será aproveitado para a implantação de uma estrutura rodoviária que permitirá às freguesias de Adeganha e Cardanha um acesso muito mais cómodo e rápido à sede do concelho
Escalão de jusante
O escalão de jusante, situado a 3 Km da foz, é constituído por uma barragem de gravidade com uma altura máxima de 45 m com um descarregador de cheias, controlado por comportas na parte central e por uma central em poço, localizada também na margem direita, equipada com dois grupos reversíveis de 15 MW cada um, alimentados por dois circuitos hidráulicos subterrâneos independentes. Está também equipada com um posto de observação e comando.
Esq. geral do escalão de jusante
Alçado jusante do escalão jusante
Escalão de jusante em construção 03/12
Em julho de 2011 o Escalão de Jusante testemunhou mais um avanço da engenharia portuguesa ao proceder-se à betonagem de um dos blocos utilizando a técnica Betão com Prévia Colocação de Agregados (BPCA), sendo a primeira vez que se recorreu a esta técnica na execução de uma estrutura definitiva.
A exploração do escalão de jusante prevê a bombagem de caudais da albufeira da Valeira a jusante, no Rio Douro. Para permitir este aproveitamento, mesmo em nível mínimo de exploração, é necessário construir a jusante um canal que, ao permitir o rebaixamento do leito do rio até à cota 100,50, garanta um nível de armazenagem adequado.
As albufeiras
A concretização deste empreendimento resultará na constituição de duas albufeiras correspondendo á de montante uma extensão de cerca de 60 km. Os concelhos beneficiados são os de Macedo de Cavaleiros e Mogadouro nas zonas mais a montante e os de Alfândega da Fé e de Torre de Moncorvo, mais a jusante. É neste último que se situam a barragem principal e a de jusante.
A área inundada ao nível de pleno armazenamento é de 2820 ha a que corresponde um volume de 1095 hm3 .
A albufeira de jusante desenvolve-se integralmente no concelho de Torre de Moncorvo terá uma extensão de 9,6 km e, ao nível de pleno armazenamento, inunda uma área de 200 ha e proporciona 30 hm3 de volume.
Em conjunto, estas duas albufeiras mais do que duplicarão a capacidade de armazenamento português de água no Douro e começarão a encherem 2013.
Exploração do empreendimento
O recurso a grupos reversíveis e a existência da albufeira da Valeira imediatamente a jusante da barragem de jusante permite a bombagem em ambos os escalões atingindo-se assim uma produção média anual de 444 GWh/ano, incluindo o contributo da bombagem.
O início da produção de energia prevê-se para 2014 e a entrega na rede será na subestação do Pocinho.
Os grandes números do empreendimento
O investimento total por parte da EDP estima-se em 569 M€ dos quais cerca de 80% serão de incorporação nacional.
Em termos de consumo de materiais os números são reveladores da importância do empreendimento:
- Volume de betão – 1.102.240 m3
- Número de camadas de betonagem na barragem de montante - 1346
- Peso de aço em armaduras – 14.710 t
- Volume de escavação – 2.903.708 m3
- Extensão de restabelecimentos – 39 km
- Número de trabalhadores envolvidos –1675 trabalhadores (2011)
- Número de trabalhadores que residem a menos de 50 km – 300 (valor aprox.)
- Número de empresas envolvidas – 143 ,das quais 15% se situam a menos de 50 km
- Emissões CO2 evitadas/ano - 1.037 kt emissões evitadas (directas e indirectas)
Os construtores
Tanto a Bento Pedroso como a Lena Construções apresentam um portfólio de obras e realizações que testemunham a qualidade de execução, indispensável à concretização de um projecto desta natureza.
Barragem do Alqueva;
Auto-estrada A13 - Almeirim/Marateca;
Aeroporto Francisco Sá Carneiro;
Ponte Vasco da Gama;
Gare do Oriente.
No qual o AHBS se enquadra em lugar de destaque.
A intervenção da Cimpor
As condições técnicas da obra determinaram a utilização de CEM I 42,5 R, tendo o ACE feito recair a sua escolha sobre o do Centro de Produção de Souselas que se vê mais uma vez associado a uma obra de referência.
O fornecimento de cimento para os vários tipos de betão requeridos pela obra vai aproximar-se de 140.000 ton distribuídas ao longo de 20 meses com picos mensais de 8.000 ton.
Com números desta escala, compreende-se a exigência da operação de logística correspondente que obriga a um planeamento cuidado e uma afetação de meios humanos especializados e experientes, só ao alcance de organizações de elevado profissionalismo.
A seleção dos produtos e serviços da CIMPOR em mais um empreendimento de referência no país, são uma inequívoca demonstração de confiança na competência técnica e de reconhecimento da fiabilidade da logística, atributos indissociáveis de uma empresa líder de mercado.
O AHBS é mais uma obra de cuja participação a CIMPOR se orgulha e que é um contributo estratégico para o desenvolvimento do país.
Desenvolvimento com respeito
Não obstante a dimensão do empreendimento, a EDP tem vindo a desenvolver esforços no sentido de minimizar impactes, muitas vezes longe do conhecimento do grande público, consubstanciados por Medidas Compensatórias, Planos de Monitorização e pela Preservação do Património.
As Medidas Compensatórias pretendem recriar, recuperar, proteger e valorizar habitats bem como estimular a proliferação e fixação de espécies animais autóctones e da lista das que foram implementadas destacam-se as seguintes:
Habitat de Compensação da Vilariça;
Valorização do corredor ripícola no Médio e Alto Sabor e rio Maçãs;
Programa de Conservação da Lontra;
Programa de Proteção e Valorização do Lobo Ibérico no Nordeste Transmontano e BeiraAlta;
Programade Proteção e Valorização da Avifauna Rupícola no Nordeste Transmontano;
Centro de Interpretação Ambiental e Recuperação Animal.
Os Planos de Monitorização em curso visam avaliar o impacte da construção e da exploração do AHBS em diversas vertentes. Estes Planos irão alargar-se na maior parte dos casos para além do período de construção e são:
Programa de Monitorização do Ruído;
Programa de Monitorização da Qualidade do Ar;
Programa de Monitorização da Qualidade da Água;
Programa de Monitorização da Socioeconomia;
Programa de Monitorização do Ordenamento do Território e Uso do Solo;
Plano de Monotorização da Gestão de Resíduos.
Barragens: um equipamento ao serviço da comunidade e do meio ambiente
A construção de barragens tem sido origem de controvérsias mais ou menos acesas nos últimos anos. No contexto económico e social próprio de Portugal e face à previsão de diminuição acentuada de pluviosidade, algumas das vantagens em várias vertentes merecem ser recordadas.
Escalão de montante - vista de jusante
Escalão de montante e Central
Escalão de jusante - vista de jusante
Pormenor de Betonagem
Tomada de água
Produtos Usados
CEM I 42,5 RLocalização
Troço inferior do rio Sabor
569 M€
Investimento total
1.102.240
Volume de betão (m3)

Solo-cimento nos pisos do Rali de Portugal
Reabilitação
Não foi o norte-irlandês Kris Meeke o único a triunfar na quinquagésima edição de 2016 do rali de Portugal quinta prova do Campeonato Mundial de Ralis.
A Câmara Municipal de Caminha, a empresa MANUEL DA SILVA PEREIRA & FOS Ldª http://www.mspconstrucao.pt/ e as populações das freguesias de Gondar e Orbacém, Dem, Argela, Venade e Azevedo Riba de Âncora, Vile, Moledo e Cristelo e Caminha e Vilarelho obtiveram também vitórias significativas embora em vertentes diferentes da desportiva graças ao estado que o piso das etapas especiais de classificação de Caminha 1 e 2 apresentou após as duas passagens cronometradas dos 81 concorrentes que alinharam à partida e as do reconhecimento.
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Contactados pelo município de Caminha, os gerentes da MSP, conhecedores profundos da realidade das provas de rali e das particularidades dos trabalhos de beneficiação de estradas rurais e florestais, propuseram uma solução bastante mais duradoura e económica e com um desempenho que se previa muito superior ao do da solução preconizada inicialmente: a beneficiação das zonas mais degradadas da classificativa com solo-cimento.
Embora não conhecessem em pormenor essa solução os técnicos e o executivo municipais acolheram-na com interesse uma vez que dava resposta ao dilema sério que o município enfrentava.
A solução inicial consistia no reperfilamento com “tout venant” compactado enquanto a ideia da MSP era utilizar uma mistura de solo do troço com cimento feita “in-situ” a aplicar nas zonas de maior desgaste e foi essa que acabou por ser aceite. Aliada à perspetiva de bom desempenho face às ações mecânicas resultantes da passagem dos carros e de durabilidade havia também a considerar a facilidade (não seria necessário transportar materiais de empréstimo) e rapidez de execução (já não havia muito tempo antes da prova). Em todo o processo a natureza do solo a beneficiar levantou bastantes dúvidas já que numa zona particularmente extensa era de origem xistosa com fragmentos lamelares de dimensão grande, facilmente fragmentados pela ação do equipamento etc.
Em poucos dias a MSP reuniu o equipamento, preparou o trabalho e executou a obra tendo recorrido também ao conhecimento e experiência da firma SOLTEC Firmes Ecológicos de Cáceres http://www.firmesecologicossoltec.com/ com a assessoria técnica prestada pela LUSOESTRADA http://www.lusoestrada.pt/.
O trabalho consistiu no espalhamento do cimento com um doseador STREU MASTER RW 12 atrelado a um trator. Uma vez que não houve tempo para a realização de um estudo aprofundado usou-se um doseamento típico sugerido pela SOLTEC - 3,5% de cimento CEM II/B-L 32,5 N.
Após essa operação fez-se uma escarificação e mistura com escarificadores BOMAG MPH 122 e WIRTGEN WR 2500 numa espessura de 20 cm.
A passagem de uma niveladora trouxe o solo para as cotas finais. Passagens de cilindro de rolos compactaram a mistura adequadamente após a adição da água considerada necessária.
A mistura foi curada com aspersão de água embora tenha havido uma contribuição acidental da chuva que caiu nos dias imediatos à conclusão dos trabalhos.
Aspersão de água
Em condições normais decorreria um período de tempo adequado para permitir o endurecimento da mistura antes da sua utilização mas o calendário apertado não o possibilitou. Com efeito entre o fim dos trabalhos terminaram e o início das passagens de reconhecimento, não se passaram mais de dez dias.
Não obstante estas condicionantes, Rui Pereira, um dos sócios gerentes da MSP e um dos maiores entusiastas da solução, manifestava uma confiança absoluta na redução dos tempos de passagem o que se veio efetivamente a verificar. Kris Meeke fez 10:35,3 na primeira passagem pelos 18,03 km da especial de Caminha e 10:31,7 na segunda.
E não foi apenas a perícia própria de Meeke, uma boa escolha de pneus ou um desempenho particularmente bom do seu Citroen DS3 a ditar esses resultados. Basta ver que a média dos quinze melhores tempos de 2016 foi melhor que o melhor tempo de 2015 obtido por Ogier.
A redução de tempo da primeira para a segunda passagem que quase 44% dos pilotos conseguiu só pode querer dizer duas coisas: que os pilotos perceberam que podiam escolher trajetórias mais largas aumentando a velocidade média e que o conseguiram uma vez que o piso manteve condições de circulação de muitíssimo bom nível.
Depois das duas passagens de toda a caravana foi possível testemunhar as trajetórias mais largas e confirmar que as zonas tratadas com cimento (as mais degradadas na edição de 2015) apresentavam um estado de “conservação” muito superior ao das zonas sem tratamento. Não só a profundidade das rodeiras era inferior como a quantidade de fragmentos rochosos soltos era menor e o estado geral de regularidade da superfície muito melhor.
Assim se podem também justificar os 13,6 s que Meeke retirou ao melhor tempo da edição de 2015 (10:48,9). O melhor tempo de 2015 teria correspondido em 2016 ao décimo!!
A Câmara Municipal de Caminha foi particularmente elogiada pelo ACP (organização do Rali) e pela FIA (organização do World Rally Championship) na sessão oficial de entrega de prémios.
A sinalização das zonas a tratar e a não tratar foi feita com estacas de sinalização cravadas pela MSP mas a diferença era de tal ordem que, após a prova uma mera apreciação visual permitia a um desconhecedor do assunto, identificá-las com facilidade.
Este bom desempenho veio a merecer elogios da população quando a região de Caminha e Ponte de Lima foi assolada por incontroláveis fogos florestais na primeira quinzena de agosto 2016 e a qualidade dos acessos pelo lado de Vila Praia de Âncora contribuiu para uma passagem mais eficaz dos meios de socorro.
Como início do outono e as primeiras chuvas pôde também verificar-se outro importante benefício. As zonas mais elevadas do percurso da classificativa são numa zona granítica sobranceira a Caminha e Vila Praia de Âncora e as valetas são muitas vezes obstruídas por pedras e calhaus que não raramente forçam a água a invadir a plataforma originando regueiras profundas. Este ano, mesmo nas zonas em que a água transbordou, isso não sucedeu: o piso encaminhou facilmente a água pelos caminhos alternativos que ela própria escolheu o que é mais uma confirmação do interesse da solução e da qualidade da execução do trabalho.
Também neste capítulo se pôde verificar a menor sensibilidade à ação da água nas zonas alagadas e principalmente naquelas onde o trânsito de camiões de transporte de madeira é mais intenso.
O trânsito deste tipo de veículos é frequente nas serras de Caminha e Ponte de Lima mas os incêndios de Agosto exigiram um trabalho de grande rapidez e intensidade para se conseguir valorizar a madeira ardida em tempo útil. Sabendo que foi possível recuperar cerca de 20.000 ton é fácil calcular o número de passagens de camiões e imaginar o efeito no pavimento. Nove meses depois dos trabalhos as zonas não tratadas apresentam depressões e poças com as dificuldades de tráfego daí decorrentes.
Nesta intervenção foram tratados apenas 25.000 m2 de pista- “queremos bons pisos mas este é um rally em terra”- mas, em 2017, garantida que está a permanência do Rally na zona a norte do Douro, é possível prever uma nova intervenção no troço de Caminha para beneficiar as zonas em que foi feito apenas um reperfilamento e compactação e em que a degradação se acentuou. Desse modo garantir-se-á um bom desempenho do piso beneficiando o espetáculo desportivo e assegurando o retorno financeiro do investimento na prova ao mesmo tempo que se proporciona às populações, aos utilizadores turísticos e às atividades florestais acesso com maior comodidade e segurança durante todo o ano.
A MSP ficará sempre associada a uma realização extremamente bem-sucedida e levada a cabo em pouco tempo e de forma muito prática.
Estes foram sem dúvida os maiores vencedores!
O que é o Solo-Cimento e para que serve
Niveladora
O Solo-Cimento é uma mistura criteriosa de solo natural com cimento e água. Esta mistura atribui ao solo uma maior capacidade resistente, sem eliminar a sua flexibilidade natural.
É utilizado em qualquer situação em que se pretenda melhorar o desempenho mecânico dos solos. A aplicação desta solução construtiva permite que os solos naturais presentes na frente de obra sejam passíveis de serem utilizados em camadas estruturais de pavimentos rodoviários, e em alguns casos até como solução final, como é o caso dos caminhos municipais, acessos florestais, acessos particulares, etc.
Que cimento se deve utilizar?
Qualquer um dos cimentos correntes pode ser utilizado na execução de Solo-Cimento, com principal destaque para o CEM II/B-L 32,5 N. Na obra executada pela MSP em 2016 em Caminha foram utilizadas cerca de 370 toneladas de CEM II/B-L 32,5 N para o tratamento de, aproximadamente, 25.000 m2 com uma espessura média de 20 cm.
Vantagens do solo cimento
As vantagens são inúmeras nos aspetos técnico, ambiental e económico. Basta pensar no que se poupa em recursos naturais pela valorização dos materiais locais, na diminuição das emissões de CO2 associadas à movimentação de solos e no benefício que o tempo de vida alargado da obra proporciona.
As diversas fases de uma obra
Produtos Usados
CEM II/B-L 32,5 NLocalização
WRC Portugal 2016 - Traçado da PEC de Caminha
3,5%
Cimento CEM II/B-L 32,5 N
25.000 m2
Pista tratados
20 cm
Espessura média

Banco Santander Edifício-Sede
Construção Nova
Obra de referência em Lisboa, o Edifício-Sede do Banco Santander é um exemplo do largo espectro de aplicação da GAMA CIMPOR e dos diferentes canais diretos e indiretos de comercialização do nosso produto nobre: CIMENTO.
O cimento CIMPOR foi aplicado nas diferentes fases da execução desta empreitada. Podemos desde logo iniciar a descrição da nossa intervenção começando pela Geotecnia. As estacas e ancoragens foram executadas pelo nosso cliente de granel ANCORPOR sendo que, para esta obra em particular, as 300t de cimento CEM I 42,5 R em saco foi fornecido pelo nosso revendedor EDUARDO FLORINDO.
O betão que garante a estabilidade estrutural do edifício foi fornecido pela BETÃO LIZ e envolveu dois tipos de cimentos de granel : 3000t de CEM II/A-L 42,5 R cinzento a que correspondem cerca de 11.000m3 de betão e 500t de CEM II/A-L 52,5 R branco que deram origem a cerca de 1.800m3 de betão.
O assentamento de alvenarias e o seu revestimento também teve o contributo dos produtos CIMPOR, mais concretamente 1.300t a granel de AAM10 e ARIP fornecidos pela CIMPOR ARGAMASSAS.
O fornecimento de argamassas secas e de cimento CEM II/B-L 32,5 N em saco foi assegurado pelo nosso maior revendedor de argamassas, MANUEL CARDOSO DELGADO, com um volume total de 700t.
Mas a participação da CIMPOR não ficou por aqui. Atualmente encontram-se a ser aplicadas betonilhas, fornecidas a granel pela CIMPOR ARGAMASSAS, tendo sido eleito o produto ARP12 que terá um consumo estimado de 1.500t. No futuro, já na fase de acabamentos, está já assegurado o fornecimento de cimentos cola e tapa juntas por intermédio do nosso revendedor MCD.
O ecletismo da intervenção da CIMPOR nesta empreitada, envolvendo os nossos clientes nas suas diversas fases, é a prova viva da nossa tagline: Construindo parcerias sustentáveis.
Produtos Usados
CEM II/A-L 42,5 R CEM II/B-L 32,5 N CEM II/A-L 52,5 N (br) AAM10 ARIP ARP 12Localização
Lisboa
3 Fases
O cimento CIMPOR foi aplicado nas diferentes fases da execução

Hospital CUF Tejo
Construção Nova
CIMPOR presente no projeto do Hospital CUF Tejo
No passado dia 28 de setembro, abriu ao público a primeira fase de uma nova unidade de saúde do Grupo José Mello, o Hospital CUF Tejo, na zona lisboeta de Alcântara. Esta nova unidade hospitalar, desenhada para prevenir, diagnosticar e tratar as doenças do futuro, substitui o Hospital CUF Infante Santo, o mais antigo hospital privado do país.
Representando um investimento de mais de 170 milhões de euros, o Hospital CUF Tejo tem uma área superior a 75.000m², distribuída por seis pisos acima do solo e quatro pisos subterrâneos, com capacidade para 800 lugares de estacionamento.
Nesta grandiosa obra, cuja execução esteve a cargo da Construtora Teixeira Duarte, foi aplicada uma panóplia de produtos da gama Cimpor, nomeadamente cimentos CEM II/A-L 42,5 R e CEM II/B-L 32,5 N, betões das classes C30/35, C30/37, C35/45 e C12/15, e ainda argamassas de assentamento, reboco e betonilha.
Com os olhos postos no futuro, este projeto contou vivamente com o forte contributo da Cimpor, uma empresa de referência na indústria cimenteira, focada essencialmente na produção e comercialização de produtos de qualidade reconhecida e certificada.
CIMPOR – O Cimento de Portugal
Produtos Usados
CEM II/A-L 42,5 R CEM II/B-L 32,5 NLocalização
Lisboa
+ 170 M€
Investimento

Aliados 107
Reabilitação
Melhor Edifício Residencial - Prémios Construir
Situado em pleno coração da centenária Avenida dos Aliados, o majestoso edifício Aliados 107 não passa despercebido por quem circula na baixa portuense, quer pela arquitetura contemporânea, que contrasta com o cariz clássico do empreendimento, quer pelo conforto e modernidade.
O edifício Aliados 107, desenhado pelos reputados arquitetos Rogério de Azevedo e Baltazar de Castro, construído em 1930 para sediar o antigo jornal “O Comércio do Porto”, foi recentemente alvo de um novo projeto, da autoria do arquiteto Arnaldo Brito.
O projeto procurou manter os elementos arquitetónicos originais, nomeadamente ao nível da estrutura, constituída por paredes exteriores de alvenaria de granito e lajes de betão armado. Os seus interiores foram concebidos em harmonia com as fachadas principais em cantaria, preservando a traça clássica do edifício.
Este icónico imóvel, inaugurado em 2018, foi galardoado em 2019, com o prémio de Melhor Edifício Residencial pelo Jornal Construir.
As obras de reabilitação urbana deste prestigiado imóvel proporcionaram a criação de 23 apartamentos com estacionamento, de excelente qualidade e requinte.
Neste projeto foram aplicados betões C30/37 e C25/30 e Argamassas de Assentamento e de Reboco.
A Cimpor produz e comercializa uma gama alargada de produtos, nomeadamente, Cimento, Betão Pronto, Agregados e Argamassas Secas, adequados às necessidades e exigências do mercado
Produtos Usados
AAM10 ARIPLocalização
Lisboa
Prémio 2019
Melhor Edifício Residencial pelo Jornal Construir.

MAAT
Engenharia
Um Projeto Arquitetónico e Cultural de Excelência
Situado na frente ribeirinha da zona histórica de Belém, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia trouxe um novo impulso cultural e paisagístico a Lisboa. A variedade de programas e de espaços, aliada à vista privilegiada da cidade e do rio, tornam-no num importante ponto no roteiro cultural da cidade.
Desenhado pelo atelier de arquitetura Amanda Levete Architects, este projeto inovador estabelece comunicação entre um novo edifício e a Central Tejo, um dos exemplos nacionais de arquitetura industrial da primeira metade do século XX.
Concebido para acolher inúmeras exposições nacionais e internacionais, onde a arte, a arquitetura e a tecnologia se cruzam, o MAAT oferece simultaneamente uma vista panorâmica de 360º sobre o rio e a cidade, através da sua cobertura convertida num miradouro. A sua estrutura em forma de onda e com textura de réptil é revestida com azulejos tridimensionais que refletem a luz natural, conferindo-lhe um carácter singular.O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia conquistou vários prémios em 2017, alguns dos quais a nível internacional, que o distinguiram como um projeto arquitetónico e cultural de excelência. Entre esses prémios, destacando-se: The Design Prize 2017, atribuído pelas conceituadas revistas digitais de arquitetura e design - Designboom e Abitare, The Best Museum Architecture of the Year, no âmbito dos Leading Culture Destination Awards, The Best of Best of the Iconic Award 2017 do German Design Council , o Melhor Projecto Privado dos Prémios Construir 2017 e o Troféu Arte e Cultura dos Prémios Marketeer 2017.
A este icónico projeto, cuja empreitada esteve a cargo da Construtora Alves Ribeiro, a Cimpor forneceu um vasto leque de soluções conferindo uma elevada qualidade, resistência e durabilidade à infra estrutura.
Neste âmbito, e na construção do edifício foi utilizado o cimento CEM II/A-L 42,5R, bem como Argamassas e Cimentos Colas Flexíveis, dos quais se destacam AA M5 e FVHB para o assentamento de alvenarias, a AREPH para os rebocos e ARP12 para as betonilhas de toda a obra.
Complementarmente ao betão pronto fornecido pela Construtora Alves Ribeiro, o betão aligeirado com EPS, ou seja, um betão especial leve e de baixa resistência contendo triturado de poliestireno expandido, foi fornecido pela Betão Liz, uma empresa do Grupo Cimpor.
A Cimpor, líder em Portugal na produção e comercialização de Cimento, Betão Pronto e Agregados, associa-se a um Projeto Arquitetónico e Cultural de Excelência.
Cimpor - O Seu Parceiro de Confiança na Construção desde 1976 !
Produtos Usados
CEM II/A-L 42,5 R AAM5 FVHB AREPH ARP 12Localização
Lisboa
2017
Melhor Projecto Privado dos Prémios Construir 2017

Reconstrução do molhe da Praia da Vitória
Reabilitação
Os maiores core locs do Mundo foram construídos nos Açores, mais precisamente no Porto da Cidade da Praia da Vitória na Ilha Terceira e a CIMPOR participou activamente na obra fornecendo, por intermédio da sua associada CIMENTAÇOR o cimento para o seu fabrico. São na verdade as peças do seu género de maiores dimensões alguma vez produzidas, cada uma com um volume de 13,3 m3 e uma massa aproximada de 33 toneladas.
O porto da Praia da Vitória é o maior porto da Ilha Terceira e representa uma infra-estrutura fundamental para a entrada e saída de matérias-primas e mercadorias nomeadamente aquelas que têm a ver directamente com a operacionalidade da militar dos EUA situada nas Lajes.
Os danos provocados pelos temporais de 2001 e 2005 obrigaram a reparações de emergência em que interveio como projectista a BAIRD, contratada pelo Governo dos EUA, a SETH como empreiteiro geral e a SOMAGUE-EDIÇOR como fabricantes dos “core-locs”.
Na primeira fase, que decorreu em 2003 foram fabricados 322 elementos, enquanto na segunda, executada entre Janeiro e Junho de 2006, o número foi de 285. A totalidade da protecção do molhe foi concluída com o fabrico em 2008 de mais 353 unidades.
Durante a segunda fase da obra houve uma reformulação muito séria do projecto que elevou de 3,5 MPa para 5,0 MPa a tensão de rotura do betão à flexão e obrigou também à introdução de fibras sintéticas.
Na primeira fase da obra foi utilizado o CEM II/B-M (V-L) 32,5 N produzido na moagem de Sines e disponibilizado pela CIMENTAÇOR na Terceira enquanto que na segunda foi usado o CEM II/A-L 42,5 R da fábrica de Alhandra para responder de uma forma mais eficaz ao aumento da exigência mecânica.
Este projecto teve também a colaboração da APEB que, na pessoa do Engº Luís Saraiva, estudou a composição do betão e acompanhou de perto a execução destas peças.
Produtos Usados
CEM II/A-L 42,5 RLocation
Açores
13.35 m3 / Un
Volume de betão dos core locs
5.300 t.
Quantidade aprox. de cimento empregue nos core locs